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Todos conhecem o Dia de São Martinho, mas quem foi?

São Martinho foi soldado do Imperador depois tornou-se Santo, foi fundador das primeiras igrejas rurais e do mais antigo Mosteiro conhecido na Europa, na região de Gália. A 8 de Novembro de 397 morreu em Candes e foi sepultado a 11 de Novembro em Tours.

A lenda:
Ao longo de uma tempestade, São Martinho viu um mendigo que lhe pediu esmola. Desceu do cavalo, e com a sua espada cortou a capa que trazia ao meio, oferecendo uma parte ao pobre homem a tremer de frio.
Momentos depois, a tempestade acalmou e um sol vaidoso surgiu a brilhar, raro na estação de Outono. Este bom tempo prolongou-se durante três dias.
Eis a Lenda de Verão de São Martinho, Santo que é comemorado no dia 11 de Novembro.

Ditados:

"No dia de São Martinho, prova o teu vinho."

"No dia de S. Martinho, come-se castanhas e bebe-se vinho."

O património da língua portuguesa possui uma vasta panóplia de exercícios, que nos proporciona um precioso conhecimento sobre a língua, com formas de nos entreter, permite-nos grande diversão guarnecida com gargalhadas em grupo – como os trava-línguas - são uma forma original de nos apaixonarmos pela nossa língua.

O Trava-língua – são sequências de palavras semelhantes, que pronunciadas tornam-se difícil de dizer (mais se o ritmo for acelerado), sem cometer erros quando citadas. Mas o grande desafio do Travalínguas é mesmo esse, dizer rapidamente sem errar, o que é bastante difícil e gera grande diversão, riso, gargalhadas, desafios entre amigos.

O Dia Internacional do Trava-Línguas comemora-se no segundo domingo do mês de Novembro.

Vamos brincar com algunsTrava-línguas?

O rato roeu a rolha da garrafa do rei da Rússia!

Tudo não é para todos
Para todos não é tudo
Tudo não se diz a todos
A todos não se diz tudo.

O tempo perguntou ao tempo quanto tempo o tempo tem. O tempo respondeu ao tempo que o tempo tem tanto tempo quanto tempo o tempo tem.

Pedro pregou um prego na porta preta.

Em rápido rapto, um rápido rato raptou três ratos sem deixar rastro…

Um limão de Milão, mil limões de Milão, um milhão de limões de Milão.

Pinga a pia apara o prato, pia o pinto e mia o gato.

Três tristes tigres  (todos conhecem, pequeno e difícil) 

Está a chegar a época do ano mais brincalhona, a época do ano que as pessoas saem mais à rua, saem mais à rua para se divertirem por si com o encanto que a própria festa transmite ou para se divertirem ao verem e respirarem a alegria dos outros.

O Carnaval é um período de festas populares prolongadas durante o dia e noite. São várias as tradições em Portugal de Carnaval, em geral as pessoas dançam, comem e bebem alegremente em festas, bailes de máscaras, desfiles, mascaram-se com fatos de Carnaval alusivos a uma determinada categoria profissional, personagens de cinema, desenhos animados ou até uma personalidade mediática.

Os desfiles de Carnaval são o auge, o momento muito esperado por muitos populares, os que assistem e os que participam, nesta data festiva. Muitos desfiles são organizados pelas escolas ou associações, pelas câmaras ou juntas, com todo entusiasmo e apoio popular, onde normalmente, são feitas críticas sociais a diferentes níveis, desde o futebol, passando pela televisão, pela política, utilizando sempre o sentido de humor para satirizar o estado do país.

Eu adoro o Carnaval. É uma época do ano que os miúdos e os graúdos podem ser quem eles quiserem, onde se reúnem fantasias e disfarces que não se usam o resto do ano, uma época de diversão onde são permitidas brincadeiras, uma época do ano para se brincar e esquecer as tristezas, brincar para abandonar durante umas horas o que nos fere na vida, festa sem dúvida para brincar e seguindo o provérbio popular: “E Carnaval ninguém leva a mal” ou “A vida são dois dias, o Carnaval são três!”

Chegou a hora de tirar a fantasia do armário e aproveitar o Carnaval.

Fernando Pessoa foi um dos mais importantes poetas de língua portuguesa, nasceu e morreu em Lisboa (1888-1935).

Na sua vida, Fernando Pessoa ficou conhecido por criar vários poetas, criou personalidades próprias para os diferentes poetas que viveram nele. Cada um com os seus traços diferentes de personalidade, cada um com o seu mundo, cada um tem a sua biografia – os seus poetas, os seus heterónimos.

- Alberto Caeiro, Ricardo Reis, Bernardo Soares ( autor do livro “Desassossego” ), Álvaro de Campos, entre outros.

Álvaro de Campos, era um poeta revoltado e inconformado com o universo que vê. Escreveu “Ode Triunfal”, “Ode Marítima” e “Tabacaria”, que reflete o desalento que o caracteriza:

“Não sou nada

Nunca serei nada

Não posso querer ser nada

À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo”

Era um mestre da poesia, no entanto mostrou muito pouco do seu talento em vida, publicou quatro obras em vida, três das quais em inglês.

Descrito como uma pessoa reservada, ninguém fazia ideia do imenso e variado era o universo literário acumulado e guardado por este poeta ao longo dos anos com poesia, peças de teatro, contos, filosofia, crítica literária, traduções, textos políticos… em português, inglês e francês.

“ O homem é do tamanho do seu sonho”, para mim tem um grande significado. Não existe ninguém igual, não há ninguém com os mesmos sonhos, mas todos nós precisamos de sonhar.

Luís Vaz de Camões, nasceu não se sabe ao certo em 1524/1525, não se sabe precisamente onde, e morreu a 10 de Junho de 1580 em Lisboa.

Um poeta português, autor de uma das obras mais importantes da literatura portuguesa, o poema “Os Lusíadas”, uma obra que celebra os feitos marítimos e guerreiros de Portugal.

São lhe atribuídos vários destinos como soldado em África, nomeadamente em Ceuta, onde combateu e durante uma briga perdeu o olho direito; embarcou para a Índia, esteve em Goa; foi nomeado provedor em Macau, na China e durante o seu tempo neste país escreveu seis contos.

Luís Vaz de Camões viveu intensamente, determinado, incompreendido, por muitas vezes preso, sofreu de caluniosas acusações, foi perseguido, morreu em 1580 em absoluta pobreza.

Poeta aprimorado e popular, inspirou-se em canções ou trovas populares, escreveu poemas líricos, versos bucólicos, as comédias El-Rei Seleuco (…), sonetos de Amor, encontrando-se entre eles o mais famoso “O Amor é fogo que arde sem se ver”.

Um poema com ideias opostas mas unidas, por esta aproximação o poeta faz declarações sobre o Amor de uma forma discordante, mas no entanto são inseparáveis à própria natureza desse sentimento.